Em 1555 era fundada a primeira freguesia.
Após alguns anos, a propriedade de Paratibe passou a denominar-se Paratibe de Cima, sendo esta parte desmembrada, cabendo a um dos filhos de Gonçalo Mendes, que levantou um engenho e deu ao mesmo o nome de Paratibe de Baixo.
Com a morte de Gonçalo Mendes, alguns lotes de terra foram vendidos, passando grande parte daquela propriedade para o domínio de outras pessoas. Nessa época, o Coronel Francisco Berenguer adquiriu, a titulo de compra, uma porção de terras em Paratibe de Cima, que se estendia até o riacho Lava-Tripas, fundando o Vínculo de Paratibe. Tal área abrangia os terrenos Cova da Onça, bem como os sítios do Viana, Ferraz e Mirueira, além de toda a extensão desde a estrada pública até o lugar denominado Água do Curral.
Posteriormente, o engenho Paratibe de Baixo e toda a propriedade de Maranguape pertenceram ao mestre de campo João Fernandes Vieira, que construiu ali um sobrado para sua residência e uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres.
Após a sua morte, em janeiro de 1681, sua viúva fez escritura de dote para uma filha natural de João Fernandes, de nome Maria Joana Cezar, por seu casamento com o Capitão-Mor Jerônimo Cezar de MeIlo. Com o falecimento de Dona Maria Cezar, ocorrido em 1689, o Coronel Francisco Berenguer, irmão da falecida e testamenteiro, vendeu o referido engenho ao mestre de campo Manoel Alves de Moraes Navarro, natural da Capitania de São Paulo, de onde veio comandado por um terço de primeira linha para a chamada Campanha dos Palmares.
Naquela época, era muito comum o uso da expressão: vou para o Engenho do Paulista ou venho de Engenho Paulista, o que originou, mais tarde, o povoado do Paulista, Vila do paulista e a partir de 1935, município do Paulista.
Um fato importante na história do município aconteceu em 20 de maio de 1817, quando o padre João Ribeiro Pessoa de Mello Montenegro, participante da Revolução Pernambucana, suicidou-se ao tomar conhecimento do fracasso do movimento. Seu cadáver, sepultado na capela do Engenho Paulista, foi desenterrado e mutilado; a cabeça, separada do tronco, foi levada para o Recife e colocada no pelourinho por ordem do almirante Rodrigo Lobo, comandante da esquadra enviada da Bahia pelo conde dos Arcos, para reprimir a revolução.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Paulista, pela Lei Municipal n.º 219, de 28-12-1907, subordinado ao município de Olinda.Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Paulista, figura no município de Olinda.
Elevado à categoria de município com a denominação de Paulista, pela Lei Estadual n.º 1.931, de 11-09-1928, desmembrado de Olinda. Sede no antigo o distrito de Paulista. Constituído do distrito sede.
Pelos Decretos n.º 268, de 25-11-1930 e 56 de 23-01-1931, o município é extinto, sendo seu território anexado ao município de Olinda, como simples distrito.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Paulista, figura no município de Olinda.
Elevado novamente à categoria de município com a denominação de Paulista, pela Lei Estadual n.º 11, de 04-09-1935, desmembrado do município de Olinda. Sede no antigo distrito de Paulista. Constituído do distrito sede. Instalado em 12-09-1935.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído do distrito sede.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 235, de 09-12-1938, foram criados os distritos de Maricota e Praia da Conceição e anexado ao município de Paulista.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 3 distritos: Paulista, Maricota e Praia da Conceição.
Pela Lei Municipal n.º 39, de 26-11-1948, é criado o distrito de Paratibe (ex-povoado) e anexado ao município de Paulista.
Pela Lei Estadual n.º 421, de 31-12-1948, o distrito de Maricota passou a denominar-se Abreu e Lima.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 4 distritos: Paulista, Abreu e Lima (ex-Maricota), Praia da Conceição e Paratibé.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela Lei Estadual n.º 4.967, de 20-12-1963, desmembra do município de Paulista o distrito de Praia da Conceição, elevando-o à categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º 4.993, de 20-12-1963, desmembra do município de Paulista o distrito de Abreu e Lima, elevando-o à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 2 distritos: Paulista e Paratibe.
Pelo Acórdão do Tribunal de Justiça, Mandato de Segurança n.º 56.889, de 27-08-1964, o município de Paulista adquiriu os extintos municípios de Abreu e Lima e Praia da Conceição (ex-Nossa Senhora da Conceição), como simples distrito.
Pela Lei Municipal n.º 997, de 26-11-1968, é criado o distrito de Navarro e anexado ao município de Paulista.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 5 distritos: Paulista, Abreu e Lima, Navarro, Paratibe e Praia da Conceição.
Pela Lei Estadual n.º 8.950, de 14-05-1982, desmembra do município de Paulista o distrito de Abreu e Lima, elevando-o novamente à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído de 4 distritos: Paulista, Navarro, Paratibé e Praia da Conceição.
Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: IBGE