Rio de Janeiro - RJ
A partir de 1534, a região passou a integrar a Capitania de Santo Amaro, cujo donatário, Pero Lopes de Sousa, a confiou aos cuidados de Antônio Afonso. Em virtude do desinteresse de ambos, a colonização das terras foi realizada mais em função da vizinha e próspera Capitania de São Vicente. A conhecida agressividade dos Tamoios impediu, entretanto, que os colonizadores se localizassem nos lugares mais férteis, preferindo os que ofereciam maiores possibilidades de defesa.
Em 1615, ali chegaram, procedentes de Porto Seguro, índios Tupiniquins catequizados, que ajudaram os jesuítas na construção de uma aldeia. Fixaram-se no morro Cabeça Seca. Cinco anos depois, chegou um novo e numeroso grupo de Tupiniquins que se estabeleceu na ilha de Marambaia, posteriormente em Ingaíba, onde, sob a direção dos mesmos religiosos, foi edificada uma capela sob a invocação de São Brás. Essa povoação subsistiu no local até 1688, época em que grandes temporais e ressacas determinaram a mudança de seus habitantes para as terras onde hoje é a Cidade de Mangaratiba. Aí foi construída, em 1700, nova capela, dedicada ao culto de Nossa Senhora da Guia.
No período que antecedeu a Abolição, a mão-de-obra escrava desempenhou papel preponderante na formação econômica e social de Mangaratiba.
Gentílico: mangaratibano
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba, por provisão de 16-01-1764, elevada à categoria de vila com a com a denominação de Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba, por força do decreto de 31-10-1831 ou 11-11-1831, complementado pelo decreto de 26-03-1832, desmembrada de São Marcos, Angra dos Reis e Itaguaí. Constituída do distrito sede. Instalada em 24-05-1833.
Pela lei provincial nº 63, de 17-12-1836, é criado o distrito de Itacurussá e anexado ao município de Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba.
Pelo decreto estadual nº.1, 08-05-1892 e 1-A, de 03-06-1892, a vila de Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba é extinta, sendo seu território anexado aos municípios de São João Marcos, Angra dos Reis e Itaguaí, como simples distrito.
Elevada novamente à categoria de vila Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba, pelo decreto ou lei nº.36, de 17-12-1892, com territórios desmembrados dos municípios de São João Marcos, Angra dos Reis e Itaguaí. Sede na vila de Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba. Constituída de 3 distritos: Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba, Itacurussá e Jacareí, sendo o distrito de Jacareí, desmembrado de Angra dos Reis.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, a vila de Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba é constituída de 3 distritos: Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba, Jacareí e Itacurussá.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Mangaratiba, por efeito da lei estadual nº.2335, de 27-12-1929, o município é constituído de 3 distritos: Mangaratiba, Jacareí e Itacurussá.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº. 1056, de 31-12-1943, o distrito de Jacareí passou a denominar-se Conceiçaõ de Jacareí.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 3 distritos: Mangaratiba, Conceição de Jacareí e Itacurussá.
Pelo decreto legislativo estadual nº 19, 01-12-1949, é criado o distrito de vila de Muriqui e anexado ao município de Mangaratiba, distrito formado com terras do Distrito de Itacurussá.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município de Mangaratiba figura com 4 distritos: Mangaratiba, Conceição de Jacareí, Itacurussá e Vila Muriqui. Continua termo da Comarca de Itaguaí. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Em Síntese de 31-XII-1994, o município de Mangaratiba é constituído de 4 distritos: Mangaratiba, Conceição de Jacareí, Itacurussá e Vila Muriqui.
Assim permanecendo a divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica municipal
Nossa Senhora da Guia de Mangaratiba para Mangaratiba alterado, pela lei estadual nº 2335, de 27-12-1929.
Fonte: IBGE