Rio de Janeiro - RJ
Sua história teve inicio entre 1700 e 1725, quando o sertanista Garcia Rodrigues Paes Leme, a caminho de Minas Gerais chegou a um local conhecido como "Roça do Alferes" de propriedade do Alferes Leonardo Cardoso da Silva, em cujas terras havia uma grande plantação de uma palmeira conhecida pelo nome de patis. Da combinação do nome da palmeira com a patente militar Alferes, nasceu o nome Paty do Alferes, nome dado à vila ali fundada em 1820. Estas fertilíssimas terras, banhadas pelo Ribeirão de Ubá e Rio do Saco, primeiro acolheram o plantio da cana-de-açúcar. Um século depois, neste mesmo solo, o café viria brotar como ouro, fazendo nascer também uma aristocracia rural formada por nobres intimamente ligados à Corte como o Visconde de Ubá, o Barão de Capivary, o Barão de Guaribú, dentre muitos outros.
Apesar da pompa com que foi fundada, Paty do Alferes, continuou crescendo apenas dentro dos limites das grandes fazendas e não houve interesse pelo desenvolvimento urbano. Quando a sede foi transferida, em 1833, para a Vila de Vassouras, a nobreza rural patyense permaneceu atuando ativamente na política. Emancipada em 1987, Paty do Alferes mantém uma grande produção agrícola com o tomate, de onde vem seu título de maior produtor do Estado e 3º do Brasil.
Foi em Paty do Alferes, que se desenrolou um dos mais importantes levantes de negros do Estado do Rio de Janeiro. Trata-se de Manoel Congo, que entrou para a história como o líder que em 1838 fez tremer os sólidos alicerces do regime escravocrata fluminense nas terras do café. A Fazenda Freguesia, notabilizada pelo fuga de Manoel Congo, voltaria à cena, em 1965, pelas mãos do Embaixador Paschoal Carlos Magno. A Aldeia de Arcozelo foi criada aliando a arquitetura original da sede da Fazenda com adaptações de outros prédios para a formação do maior núcleo cultural da América do Sul.
Em terras patyenses, no ano de 1870, nasceu o imortal Joaquim Osório Duque-Estrada, autor da letra do nosso Hino Nacional. Anualmente é realizada na cidade a Festa do Tomate, um dos grandes acontecimentos do interior do Estado do Rio de Janeiro.
Paty do Alferes, um dos berços da ocupação do interior do Estado, é citada em antigos e importantes relatos dos grandes estudiosos de história do Brasil como Antonil, Pizarro, Charles Ribeyrolles, Saint- Hilaire, Taunay, José Matoso Maia Forte e Alberto Lamego, demostrando a relevância da história do município na colonização da Região do Vale do Ciclo do Café.
Gentílico: patiense
Formação Administrativa
Freguesia criada com a denominação de Pati do Alferes, por alvará de 11-01-1755, no município de Vassouras, referem-se ainda à criação do distrito os decretos estaduais nº 1, de 08-05-1892 e nº 1-A, de 03-06-1892.
Pela lei estadual nº 750, de 15-10-1906, transfere a sede do distrito de Pati do Alferes para a povoação de Alto Sucupira mantendo esta denominação.
Pela lei estadual nº 881, de 11-09-1909, o distrito de Alto Sucupira volta a denominar-se Pati de Alferes.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Pati do Alferes figura no município de Vassouras. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Pati do Alferes permanece no município de Vassoura.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito de Pati do Alferes permanece no município de Vassouras.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1983.
Elevado à categoria de município com a denominação de Pati do Alferes, pela lei estadual nº 1254, de 15-12-1987, desmembrado de Vassouras. Sede no antigo distrito de Pati do Alferes. Constituído de 2 distritos: Pati do Alferes e Avelar, ambos desmembrados de Vassouras. Instalado em 01-01-1989.
Pati do Alferes para Paty do Alferes, teve sua grafia alterada, por força da lei municipal nº 016, de 02-06-1989, homologada por lei estadual nº 1506, de 24-08-1989.
Em "Síntese" de 31-XII-1994, o município é constituído de 2 distritos: Paty do Alferes e Avelar.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração de grafia municipal
Pati do Alferes para Paty do Alferes, teve sua grafia alterada, por força da lei municipal nº 016, de 02 de junho de 1989, homologada pela lei estadual nº 1056, de 24-08-1983.
Fonte: IBGE