A origem do município se deve ao ciclo da borracha que no final do século XIX era explorada no sertão do estado do Pará. Naquela época havia uma árvore seca caída à margem esquerda do rio Araguaia, esta árvore era um Ipê, também conhecida na região como Pau D´arco. O ponto onde estava localizada esta árvore era propício para atracar as embarcações que por ali passavam em direção a Belém do Pará. Além da lenha abundante no local para os navegantes prepararem as refeições, havia também muita sombra. Com passar do tempo, tornou-se costume as embarcações realizarem suas paradas neste local, que logo passou a ser conhecida como principal porto de embarque da borracha. Assim, nasceu o porto de Pau D´arco.
Também nesta época chegaram a esta região as famílias: Pardinha, Soares e Alencar, por meio de Pedro José da Silva e Maria José da Cruz, Chico Nolêto e Joana Alves, José Alencar, Cácionélia, José Mariano, Pedro Dias Soares, Honorato da Cruz, Raimundo da Cacionélia e outras. Com o movimento do ciclo da borracha, também surgiram conflitos entre brancos e índios Gaiapós, considerados bravos, de uma aldeia chamada Garotira localizada no Pará. Como o conflito ganhava dimensões cada vez maiores, e com muita morte de ambas as partes, o exército enviou ao local o Coronel Grizort, para pôr fim o caos na região. Este foi o primeiro a se estabelecer no local com o seu agrupamento militar, que não demorou em terminar com o conflito.
Enquanto isso, na margem direita do rio (então estado de Goiás), começou a surgir, no início do século, as primeiras construções de casas das famílias Izídio Cruz, Pedro Soares, família Teixeira, entre outros. Na época foi construída a primeira igreja do povoado, uma pequena casinha na beira do Rio Araguaia, denominado Igreja de São Domingos, onde também funcionou a primeira escolinha.
Na margem direita, havia também uma aldeia indígena formado por índios Carajás. Estes eram mansos e gostavam de festas e conviviam bem com as pessoas que começaram a formar povoado, que mais tarde em conseqüência do porto, ficou sendo conhecido com o topônimo de Pau D´arco até a emancipação como município.
Com o fim da Era Borracha, passavam a ganhar força na economia do povoado Pau D´arco, a exploração madeireira, a atividade agropecuária e os movimentos dos caçadores de animais silvestres. Em 1955, a atividade garimpeira de cristal no Gorgulho (Arapoema) e de Amatista (Pará) veio dar um enorme impulso ao desenvolvimento econômico de Pau d´Arco, então distrito do município de Araguacema.
A atividade próspera do garimpo de Gorgulho fez irromper um movimento político pela emancipação de Arapoema. E, através da Lei 4.800 de 7 de novembro de 1963, o governo do estado do Goiás, criava Arapoema, desmembrando-o do município de Araguacema e, Pau d´Arco ficou pertencente a Arapoema na condição de povoado.
Com a criação do estado do Tocantins, começou o movimento político pela emancipação de Pau d´Arco, liderado por Valdiná Morais, Manoel Piauí, Zé Romão. No dia 10 de fevereiro de 1991, foi realizado plebiscito, cujo resultado dava condições para sua autonomia política. No dia 20 de fevereiro de 1991 foi publicado no Diário Oficial do Estado do Tocantins a Lei 255 que criava o município de Pau D´arco, desmembrando-o dessa forma do município de Arapoema. A instalação do município ocorreu 1º de janeiro de 1993, tendo tomado posse como primeiro prefeito eleito o senhor José de Freitas.
Como datas marcantes na cidade de Pau Darco destacam-se o Festejo de São Domingos de Gusmão, realizado de 31 de julho a 08 de agosto, a comemoração do aniversario da cidade, em 10 de fevereiro e também a Romaria da Ressurreição, que acontece no mês de abril. Outro período importante no município é a temporada de praia, no mês de julho, quer reúne grande concentração de pessoas na praia da fofoca.
Fonte: IBGE