Durante o período da ocupação holandesa no Rio Grande do Norte, os índios das tribos guerreiras dos Canindés e Janduís habitantes pioneiros da região, aliaram-se aos invasores. Com
o advento do levante indígena chamado Guerra dos Bárbaros, chegaram ao território vários destacamentos armados, comandados por Domingos Jorge Velho, com o objetivo de acalmar a região.
No ano de 1690, as tropas lideradas por Afonso Albuquerque Maranhão conseguiram derrotar o tuxama da tribo Canindés e mais de mil guerreiros. Após a derrota, os índios sobreviventes foram conduzidos para o litoral.
Com a tranquilidade restaurada os primeiros povoadores, procedentes das redondezas do rio São Francisco, chegaram e se instalaram às margens do rio Seridó atraídos pela qualidade das terras propícias a agricultura e à criação de gado. O Tenente Francisco Fernandes de Souza que chegou à região nos idos de 1700, é considerado o mais antigo entre os pioneiros moradores do território.
Em 1850, a Fazenda Boqueirão de propriedade do Sr. Félix Gomes Pereira era considerada um ponto de encontro de boiadeiros com destino à Paraíba e de cavaleiros que passavam sistematicamente para a feira de Conceição do Azevedo (hoje Jardim do Seridó). Nos caminhos da Fazenda Boqueirão havia uma ampla estrada onde os cavaleiros e boiadeiros costumavam experimentar a velocidade de seus cavalos, correndo lado a lado, pegando parelha, surgindo assim o nome da localidade.
Uma terrível epidemia do Cólera Morbus se alastrou por todo o território do Rio Grande do Norte, em 1856, e Sebastião Gomes de Oliveira e Cosme Luiz, moradores das redondezas, fizeram a promessa de construir uma capela consagrada a São Sebastião, se lhes fosse concedida a graça de escapar do flagelo. Desaparecida a peste a capela foi construída originando, consequentemente, o surgimento de várias casas ao seu redor. Em 1888, o padre Bento Pereira de Maria Barros realizou no povoado a primeira feira e o povoamento de Parelhas, a terra da ampla estrada dos cavalos emparelhados, estava virando realidade.
Em 26 de novembro de 1920, pela Lei n° 478, o povoado de Parelhas foi elevado à categoria de vila tendo sua freguesia criada no dia 8 de novembro, de 1926. Por força da Lei n° 630, o povoado foi desmembrado do município de Jardim do Seridó tornando-se município.
Gentílico: parelhense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Parelhas ex-povoado, pela lei estadual nº 478, de 26-11-1920. subordinado ao município de Jardim do Seridó.
Elevado à categoria de município com a denominação Parelhas, pela lei estadual nº 630, de 08-11-1926, desmembrado de Jardim do Seridó. Sede no atual distrito de Parelhas. Constituído do distrito sede. Instalado em 01-01-1927.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Parelhas, pela lei estadual nº 656, de 22-10-1927.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, aparece constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto-lei estadual nº 603, de 31-10-1938, é criado o distrito de Equador e anexado ao município de Parelhas
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Parelhas e Equador.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 2799, de 11-05-1962, desmembra do município de Parelhas, o distrito de Equador. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: IBGE