Em 1684, Manoel Nogueira Ferreira, querendo firmar posse simbólica na região que percorria, fincou dormentes na Serra do Apodi. A serra ficou conhecida como Serra dos Dormentes, em alusão aos marcos lenhosas.
Manuel Nogueira faleceu em 1715, sem ele ter do governo concessão das terras, mas estas continuaram em poder dos descendentes do desbravador. Quinze anos depois, Dona Margarida de Freitas, filha de Manuel Nogueira, casada com Carlos Vidal Barromeu, começou a firma-se em seus domínios.
Em 1750, Carlos Vidal herdou a sesmaria na Serra das Dormentes, por morte de seu irmão, Clemente Gomes de Amorim. Pouco tempo depois, adoecendo Dona Margarida de Freitas, Carlos Vidal fez promessa de construir uma capela a Santana, na esperança de seu restabelecimento, e a serra passou a se chamar Serra de Santana.
Depois da morte dos primitivos donos houve um abandono nas terras, talvez pelas longas estiagens, talvez pelas disputas de posseiros, ou talvez pela revolta indígena. O fato é que as terras, não mais utilizadas, voltaram a pertencer ao patrimônio do Rei de Portugal. Para essas terras despovoadas e disponíveis, o juiz de Fora de Olinda, Dr. Miguel Carlos Caldeira de Pina Castelo, conduziu mais de setenta famílias paiacus, aldeadas no apodi, a pedido dos seus moradores prejudicados pela desordem causada pelos índios, fundando, em 9 de dezembro de 1761, a Vila de Portalegre.
Conta a tradição que ao chegar ao cimo da serra e desconhecendo o belo panorama,Castelo Branco pronunciou estas palavras: É uma porta alegre do sertão!
Há outra hipótese plausível: o nome Portalegre seria proveniente de uma vila do alentejo, em Portugal. Mas a convivência entre brancos e índios não foi pacífica na vila recém-criada. Quando em 1817 se desencadeou a revolução republicana, foi movida tenaz perseguição aos indígenas, que se refugiaram nos sertões cearenses. Mas voltaram sete anos depois, travando luta com os habitantes da vila.
Através de Alvará, no dia 6 de junho de 1755, a povoação de Portalegre foi elevada a categoria de município.
Gentílico: portalegrense
Formação Adminstrativa
Elevado à categoria de vila com a denominação de Regente, por alvará de 06-06-1755. Instalado em 09-12-1761.
Pela Resolução do Conselho do Governo de 11-04-1833 e lei provincial de 06-03-1835, a vila Regente passou a denominar-se Porto Alegre.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo decreto estadual nº 603, de 31-10-1938, o município aparece grafado Portalegre.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município já grafado Portalegre é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1950.
Pela lei estadual nº 59, de 21-12-1953, é criado o distrito de Francisco Dantas ex-povaodo de Tesouras e anexado ao município de Portalegre.
Pela lei estadual nº 60, de 21-12-1953, é criado o distrito de Rodolfo Fernandes ex-povaodo de São José dos Gatos e anexado ao município de Portalegre.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 3 distritos:
Portalegre, Francisco Dantas e Rodolfo Fernandes. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Pela lei estadual nº 2856, de 26-03-1963, desmembra do município de Portalegre o distrito de
Francisco Dantas. Elevado à categoria de município. Pela lei estadual nº 2763, de 09-05-1962, desmembra do município de Portalegre o distrito de
Rodolfo Fernandes. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 31-XII-1963 o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Alteração toponímica municipal
Regente para Porto Alegre alterado pela resolução do conselho de 11-04-1833 e lei provincial de 06-03-1835.
Retificação de Grafia
Porto Alegre para Portalegre teve sua grafia alterada, pelo decreto estadual nº 603, de 31-10-1938.
Fonte: IBGE