As margens do rio Mampituba, divisa do Estado do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, localiza-se o município de Passo de Torres ou, como era chamado antigamente, Mampituba.
A região fora ocupada inicialmente pelo Homem de Sambaqui, que vivia de pesca e caça. Os indícios arqueológicos e referências documentais apontam que posteriormente ao Homem de Sambaqui a área fora habitada pelos Bugres ou Guaianás, de raça Jê, que já utilizavam a agricultura rudimentar. Os bugres foram expulsos para a encosta da serra e para o planalto por um povo mais agressivo e de melhor tecnologia, os Carijós ou Cariós, da nação guarani. Eram os carijós que aqui habitavam quando da chegada dos imigrantes de origem portuguesa, espanhola, italiana e alemã.
Desde 1920 Passo de Torres é ligado ao Rio Grande do Sul, mais precisamente com a cidade de Torres, através de uma balsa e de uma ponte pênsil. A primeira balsa, construída em madeira e movida à remo, por volta de 1920 , pretendia facilitar a travessia do rio Mampituba, que era feita de pequenos barcos. Alguns anos mais tarde, esta balsa fora substituída por uma a pega mão, movimentada manualmente pelos balseiros de uma margem à outra.
No dia 22 de janeiro de 1985 a balsa manual e de madeira foi trocada por outra mais moderna, de ferro e movida à motor, com capacidade para doze carros ou cinquenta toneladas.
A primeira ponte pênsil para pedestres, inaugurada em 24 de outubro de 1964, foi construída durante o mandato do Sr. Learcino Joaquim Maciel, na época prefeito do município de São João do Sul. Em 1985, por meio de uma ação conjunta das prefeituras de Torres e de São João do Sul, esta ponte foi substituída por outra, que apesar de mais resistente ,ruiu por excesso de peso no dia da inauguração. Felizmente, nada de mais grave ocorreu naquele acidente e, logo após, construíram outra em seu lugar, desta vez com colunas de alvenaria.
A primeira missa foi celebrada no dia 22 de março de 1944 pelo Reverendíssimo Padre João Reitz, paroco da cidade de Sombrio, situação em que, juntamente com uma comissão, fora escolhido o padroeiro da comunidade; São Pedro, padroeiro dos pescadores. As primeiras missas foram rezadas na residência do Sr. Antônio Lira, mais tarde a ser realizadas no prédio da escola, que funcionava como capela provisória. foi construída em 1965.
Com o passar do tempo muita coisa melhorou em Passo de Torres, muitas obras foram realizadas para a melhoria de qualidade de vida de sua população. É claro que neste ínterim histórico algumas obras não cumpriram com o objetivo ao qual foram propostas, como é a barra do rio Mampituba. O projeto de José Luizemberger teve sua construção iniciada em 1972 e até a presente data não foi concluído, causando duas tragédias. O primeiro naufrágio causou a morte dos pescadores Antônio Gonçalves dos Santos, Manoel Procópio, Raimundo Peres Ezequiel e Antonio Alexandre - houve um único sobrevivente que foi Valdemar Carlos da Silva, no segundo acidente ocorreu a morte do pescador conhecido por Lé.
Gentílico: passotorrense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Passos de Torres, pela lei estadual nº 964, de 18-05-1964, subordinado do município de São João do Sul. Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o distrito permanece no município de São João do Sul. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 18-VIII-1988, o distrito figura no município de São João do Sul.
Elevado à categoria de município com a denominação de Passos de Torres, pela lei estadual nº 8350 de 26-09-1991, desmembrados de São João do Sul. Sede no antigo distrito de Passos de Torres. Constituído os distritos sede. Instalado em 01-06-1993.
Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído de distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1999. Pela lei municipal nº 348, de 16-10-2000, é criado o distrito de Rosa do Mar e anexado ao município de Passo de Torres. Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 2 distritos; Passos de Torres e Rosa do Mar. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: IBGE