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Notadamente o impulso na colonização do território de rio das Antas está intimamente ligado à Estrada de Ferro São Paulo - Rio Grande do Sul.
Quando da construção da via férrea, Rio das Antas, como centro do trecho Porto União
-Marcelino Ramos, foi aquinhoado com o maior quadro de estação, pois a direção da Companhia pretendia nele estabelecer o serviço central da linha Sul.
A colonização dos terrenos da concessão Federal teve seu começo em Rio das Antas, por volta de 1910, onde se estabeleceu a direção da Colônia. As terras eram vendidas a preços módicos e em suaves prestações semestrais, o que logo atraiu colonos do Vale do Rio Itajaí e do Rio Grande do Sul em busca das férteis e ricas terras do Vale do Rio do Peixe. Eram colonos estrangeiros ou descendentes de italianos e alemães.
Todavia, a Companha do Contestado muito prejudicou o desenvolvimento da região. Em 1914 a vila foi atacada por jagunços, muitos colonos abandonaram suas propriedades e a companhia colonizadora removeu-se para o estado do Paraná.
Terminada a Campanha do Contestado ficaram por muito tempo paralisados os serviços de colonização. A direção da Colônia recomeçou seus trabalhos pelas estações do Sul, e só, em 1918, houve reinício do repovoamento da região.
Como as terras eram povoadas por uma densa e extensa floresta de pinhais, o que dificultava o trabalho agrícola, os colonos fixaram-se ao Sul, nas proximidades da foz do Rio do Peixe. Porém, pinheiro que era um incômodo para os colonos, de repente tornou-se uma fonte de riqueza, atraindo para a região grande migração de gaúchos que desejavam explorar esses recursos florestais.
Em 1919, foi criado o distrito de Rio das Antas e, em 1958, foi elevado a Município, cujo território é cortado ao meio pelo Rio do Peixe. Contam os historiadores, que um grupo de pescadores foi até o rio, onde por descuido cairam em grandes tocas formadas por antas, devido a grande quantidade desses animais no local, o nome do município passou a se chamar Rio das Antas.
Gentílico: rio-antense
Formação Administrativa:
Distrito criado com a denominação de Rio das Antas, pela lei municipal nº 208, de 1811-1914, subordianado ao município de Campos Novos.
Em divisões territoriais datada de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o distrito de Rio das Antas figura no município de Caçador.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Rio das Antas permanece no município de Caçador.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o distrito de Rio das Antas permanece no município de Caçador.
Elevado à categoria de município com a denominação de Rio das Antas, pela lei estadual nº 348, de 21-06-1958, desmembrado de Caçador. Sede no antigo distrito de Rio das Antas. Constituído de 2 distritos: Rio das Antas e Ipoméia ex-Santa Isabel. Desmembrados de Caçador. Instalado em 27-07-1958.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Rio das Antas e Ipoméia.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 14-V-2001.
Transferência distrital
Em divisão territorial datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, transfere o distrito de Rio das Antas do município de Campos Novos para o de Caçador.
*Curiosidades
- Em 1923 chegou ao município a família Lippelt, vinda dos Estados Unidos. Após contato com a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Ultimos Dias de seu país de origem, vieram para a região alguns líderes dessa religião, onde em 1958 começou a construção de um prédio Oficial para realizarem suas reuniões.
Fonte: IBGE