Foi Simão Dias Francês, nascido em 1594 e, segundo a lenda, da união de um soldado francês com uma índia, o primeiro filho de Itabaiana. Com a invasão holandesa, deixou a terra natal e foi fixar-se nas matas do Caiçá, região em que mais tarde se formaria o município que recebeu seu nome.
A colonização e povoamento de Itabaiana tiveram início após a conquista do território sergipano por Cristóvão de Barros, em fins do século XVI efetivando-se a posse das terras (sesmarias) pelos colonos gradativamente, por cartas de doação, nos séculos XVI e XVII, e alvarás, no século XVIII.
Ao fidalgo português, natural de Elvas, Ayres da Rocha Peixoto, por seu feito junto às tropas de Cristóvão de Barros, foi concedida a primeira sesmaria, passando o sítio que aí se formou a ser conhecido como Caatinga de Ayres da Rocha.
O primeiro aglomerado, porém, formador do arraial de Santo Antônio, surgiu no século XVII, em região fértil, vizinha aos rios Lomba e Jacaracica. No arraial foi levantada a primeira igreja.
A que deu origem à atual Matriz de Santo Antônio e Almas de Itabaiana, foi construída a partir de 1675, no antigo sitio de Ayres da Rocha, de propriedade então do padre Sebastião Pedroso de Goes, que o vendeu à Irmandade das Almas sob a condição de ser erguido ali o templo.
Itabaiana a esse tempo já era freguesia, criada que foi a 30 de outubro do citado ano, com
o nome de Santo Antônio e Almas.
No século XVIII, como se lê em documento de 30 de janeiro de 1757, firmado pelo Juiz Antônio Machado de Mendonça, estavam finalmente demarcados os limites de Itabaiana, indo seu território do rio Vaza-Barris à vila de Lagarto, do rio Sergipe à vila de Santo Amaro, confinando com o sertão de Geremoabo.
Foram colonizadores de Itabaiana: no século XVI - Ayres da Rocha Peixoto: no século XVII - Manuel da Fonseca, Companhia dos Padres de Jesus, Gaspar Fontes, Francisco da Silveira, João Guergo, Manuel Tomé de Andrade, Francisco Borges, Gonçalo Francisco, Pero de Novais Sampaio Duarte Muniz Barreto, Jorge Barreto, Felipe da Costa, Melchior Velho, Desembargador Cristóvão de Burgos, Pedro Garcia Pimentel, Capitão Manuel de Couto Dessa, Jerônimo da Costa Taborda e Antônio Rodrigues, no século XVIII - Capitão Francisco de Almeida Cabral, Coronel Manuel Nunes Coelho, Capitão Antônio Martins Fontes, Antônio Tavares de Menezes, Sargento-Mór José Correia de Araújo, Tenente João Paes de Azevedo, Antônio José da Costa, Francisco Curvelo de Barros Francisco Pereira de Jesus e José Maria da Silva; no século XIX - Capitão João Barbosa de Madureira.
Gentílico: itabaianense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Itabaiana, em 1675.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Itabaiana, pela lei provincial nº 1331, de 28-08-1888. Sede na povoação de Itabaiana.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 823, de 24-07-1957, é criado o distrito de Moita Bonita ex-povoado e anexado ao município de Itabaiana.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 2 distritos: Itabaiana e Moita Bonita.
Pela lei estadual nº 1165, de 12-03-1963, desmembra do município de Itabaiana o distrito de Moça Bonita. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: IBGE