A colonização da região, iniciada pelo major Milagres, teve sua base sedimentada no trabalho de imigrantes europeus de várias procedências, localizada no núcleo colonial de Afonso Pena, hoje Ibituba.
Segundo depoimento de bandeirantes e viajantes que percorreram o baixo do Rio Doce desde a segunda metade do século XIX, os índios botocudos, filhos da terra, eram senhores da região compreendida entre o Rio Doce e o Rio São Mateus.
Os colonos estrangeiros se estabeleceram no Vale do Guandu e outros no Ribeirão do Lage.
Como se tivesse havido o desejo de reparar a supressão do distrito de Baixo Guandu, o Presidente Henrique da Silva Coutinho criou a Colônia em 1905, compreendendo esta área não legítima do Vale do Guandu, até os limites com o município de Afonso Claudio e com Minas Gerais.
Repartida e doada a porção em lotes, estes foram vendidos aos colonos italianos, franceses e espanhóis neles lotados.
Os trilhos do primeiro trem chegaram em 1907 e, somente, a partir daí as atividades econômicas foram intensificadas. A madeira abundante era retirada e levada pelos comboios à Capital. Em 1974, foi inaugurada no município a maior hidrelétrica do Estado, fornecendo energia ao Espírito Santo e a Minas Gerais.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Baixo Guandu, pela Lei Estadual n.º 1.045, de 09-12-1915. Subordinado ao município de Linhares.Pela Lei Estadual n.º 1.307, de 30-12-1921, o município de Linhares passou a denominar-se Colatina.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Baixo Guandu figura no município de Colatina.
Elevado à categoria de município com a denominação de Baixo Guandu, pela Lei Estadual n.º 6.152, de 10-04-1935, desmembrado do município de Colatina sede no antigo distrito de Baixo Guandu. Constituído do distrito sede. Instalado em 08-06-1935.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31XII-1937, o município é constituído de distrito sede.
Pelo Decreto lei Estadual n.º 9.222, de 31-03-1938, Baixo Guandu adquiriu do município de Colatina os distritos de Afonso Pena e Mascarenhas.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Baixo Guandu, Afonso Pena e Mascarenhas.
Pela Lei Estadual n.º 15.177, de 31-12-1943, o distrito de Afonso Pena passou a denominar-se Ibituba.
Em divisão territorial datada de I-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos: Baixo Guandu, Ibituba (ex-Afonso Pena) e Mascarenhas.
Pela Lei Estadual n.º 752, de 30-11-1953, é criado o distrito de Alto Mutum Preto com território desmembrado do distrito de Mascarenha e anexado ao município de Baixo Guandu.
Em divisão territorial datada de I-VII-1955, o município é constituído de 4 distritos: Baixo do Guandu, Alto Mutum Preto, Ibituba e Mascarenhas.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de I-VII-1960.
Pela Lei Estadual n.º 1.950, de 13-01-1964, o distrito de Mascarenhas passou a denominar-se Quilômetro 14 do Mutum.
Pela Lei Estadual n.º 1.952, de 13-01-1964, é criado o distrito de Vila Nova de Bananal anexado ao município de Baixo Guandu.
Em divisão territorial datada de I-I-1979, o município é constituído de 5 distritos: Baixo Guandu, Alto Mutum Preto, Ibituba, Quilômetro 14 do Mutum e Vila Nova de Bananal.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2017.
Fonte: IBGE