Nossos pioneiros chegavam em caravanas procedentes de vários estados do Brasil, organizadas pela CMNP - Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, em sua maioria colonos paulistas, mineiros e nordestinos. Os anos de 1947 e 1949 foram os que mais chegaram famílias. No pequeno núcleo urbano que surgia, concentravam-se as atividades de compra e venda de terras, as negociações entre proprietários, hospedagem de colonos recém chegados e algumas práticas ínfimas de comércio varejista.
O local funcionava também como pousada para aqueles que se embrenhavam mato adentro, no rumo desconhecido das barrancas do Rio Ivaí. A CMNP responsabilizou-se pela venda das terras e lotes, além da construção de estradas e implantação de núcleos urbanos. O traçado urbanístico da pequena aldeia refletia os elementos de provisoriedade do assentamento. Eram logradouros irregulares, sem infra-estrutura e escoamento, iluminação ou água corrente. Deve-se observar, que desde muito cedo aquele centro pioneiro multiplicou suas funções conforme avançava a ocupação da região.
O Maringá Velho deixava de ser apenas uma área central para desbravamento e tornava-se um local para onde os colonos convergiam a fim de receber notícias e correspondências, fazer compras e estabelecer a primitiva rede local de comunicações.
O topônimo deve-se à Companhia Norte do Paraná que ao demarcar a região, nomeava os rios e córregos e esses é que davam nomes às futuras cidades. Um dos córregos encontrados recebeu o nome de Maringá. Nome dado por Raul da Silva, na época, chefe do escritório de vendas da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, em Mandaguari, provavelmente inspirado na canção de Joubert de Carvalho. O nome desse córrego passou ser o nome da futura cidade.
Assim, Maringá recebeu o nome da canção, que por sua vez também tem sua história. Morava na cidade de Pombal, interior da Paraíba, numa ruazinha coberta por ingazeiros, uma linda cabocla de nome Maria do Ingá. Era filha de retirantes nordestinos, dona de uma beleza encantadora, de corpo bem feito, pele morena, olhos e cabelos negros. Um dia, uma seca inclemente, levou a linda Maria, deixando o político Rui Carneiro desolado de tristeza. Bairrista como todo nordestino, Rui pediu ao amigo Joubert de Carvalho, que fizesse uma música que exaltasse a mulher amada e sua terra natal. Na fusão das palavras de Maria mais Ingá, surgiu Maringá, dando origem a Canção "Maringá, Maringá", que por volta de 1935, estourava nas paradas de sucesso.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Maringá, pela Lei nº 2, de 11-10-1947, subordinado ao município de Mandaguari.Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Maringá, figura no município de Mandaguari.
Elevado à categoria de município com a denominação de Maringá, pela Lei Estadual n.º 790, de 14-11-1951, desmembrado de Mandaguari. Sede no atual distrito de Maringá (ex-povoado). Constituído de 2 distritos: Maringá e Floriano, criado pela mesma lei acima citada. Instalado em 14-12-1952.
Pela Lei Municipal n.º 45, de 09-12-1953, é criado o distrito de Ivatuba (ex-povoado), com terras desmembradas do distrito de Floriano e anexado ao município de Maringá.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 3 distritos: Maringá, Floriano e Ivatuba.
Pela Lei Estadual n.º 4.245, de 25-07-1960, desmembra do município de Maringá o distrito de Ivatuba. Elevado à categoria de município com a denominação de Ivatuva.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Maringá e Floriano.
Pela Lei Municipal n.º 68, de 28-02-1967, é criado o distrito de Iguatemi e anexado ao município de Maringá.
Pela Lei Estadual n.º 5.604, de 27-07-1967, é criado o distrito de Esperança e anexado ao município de Maringá.
Pelo Acórdão do Tribunal de Justiça, é extinto o distrito de Esperança, sendo seu território anexado ao distrito sede do município de Maringá.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 3 distritos: Maringá, Floriano e Iguatemi.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Fonte: IBGE