O sofrimento e o trabalho que alguns imigrantes passaram ao chegarem na região foi parecido com o dos primeiros imigrantes que se instalaram na serra gaúcha. Porém aqui na região central, faltaram-lhes as longas araucárias para construírem as primeiras moradias e os pinhões para dar sustento aos bravios imigrantes. Talvez por esse motivo, uma epidemia de peste bubônica matou mais de 400 imigrantes ainda no barracão da Val de Buia, local onde se abrigaram os imigrantes, antes de receberem as suas colônias de terra.
Já 130 anos se passaram, e hoje o município de Silveira Martins, emancipado em 1989 e que deu origem aos demais municípios que compõe a Quarta Colônia Região Turística (Silveira Martins, Nova Palma, Dona Francisca, Ivorá, Faxinal do Soturno, São João do Polêsine, Agudo, Restinga Seca e Pinhal Grande), tem o cargo de Berço da Quarta Colônia. Este é um pequeno compromisso perto do compromisso que temos em preservar a nossa história, a nossa cultura, a nossa religião e o nosso patrimônio, construídos e preservados pelos nossos antepassados nos momentos mais difíceis de suas vidas, quando aqui chegaram no longínquo ano de 1877.
São casas, igrejas, capitéis, monumentos, histórias, famílias, festas, comidas, vinhos, santos, orações e blasfêmias adornados por incríveis vales, belvederes e cascatas que compõe esse cenário tão atraente para pesquisadores e turistas de todo o país.
Por esse motivo e por outros, somos Silveira Martins, o Berço da Quarta Colônia de Imigração Italiana do Rio Grande do Sul.
Fonte: IBGE