Santa Catarina - SC
A colonização do município iniciou-se por volta do ano de 1807, quando havia tráfego regular dos tropeiros pela Estrada das Tropas, entre Paraná e Rio Grande do Sul. Nesta época, foi construída, por João da Silva Machado conhecido como Barão de Antonina, uma pequena capela na localidade de Rodeio Grande, distante 8 Km do local onde nasceria a comunidade de Rio das Antas.
Historicamente, conta-se que por ali passou o monge João Maria, que profetizava e realizava curas com ervas medicinais. O mesmo monge plantava uma cruz em cada localidade que passava, e ali também ficou a sua cruz, por devotos do monge.
O Estado do Paraná estendia seus domínios até as margens do Rio Itajaí, sem linhas definidas, abrangendo a área onde hoje se situam diversos municípios do planalto norte catarinense. Em 1826, foi instalado um acampamento militar em Rio Negro, com o objetivo de construir a Estrada da Mata, para dar mais segurança aos tropeiros. Esse trecho, além de cortar o território de Monte Castelo onde hoje se situa o bairro Rio das Antas foi um importante elo de ligação entre o Norte e o Sul do Brasil, tanto que nessa estrada foi construída a rodovia BR 116.
Os primeiros colonizadores provinham das localidades do Paraná e do próprio Estado de Santa Catarina, em busca de terras mais férteis e propícias à agricultura. Com esse atrativo, os novos moradores iniciaram a construção do primeiro povoado de Rio das Antas, núcleo inicial do atual Município de Monte Castelo.
Dentre os primeiros habitantes, Pedro Gonçalves Ribeiro e Sinhana Ribeiro, fixaram-se na comunidade de Rodeio Grande. Por volta de 1893, Valentin Gonçalves Ribeiro, filho de Pedro, fixou residência na comunidade de Rio das Antas. Por ser um líder na comunidade, movimentou intensamente a vida do pequeno povoado construindo a primeira escola e a primeira igreja.
Em 1950, vieram morar na localidade, comerciantes a fim de instalarem seus estabelecimentos entre a estrada de ferro e a BR 116. Com o passar dos anos, foram fixando-se outras famílias no povoado, as quais passaram a explorar as reservas florestais nativas da região e a praticar a agricultura de subsistência, que, com o aumento da produção tornaram-se as principais atividades da comunidade, responsáveis pela maior fonte de receita dos que atuavam nesse setor.
Inicialmente a área onde se situa o Município de Monte Castelo, juntamente com outros municípios da região norte catarinense, pertencia ao Estado do Paraná. Em 1917, foi estabelecido o Acordo de Limites entre os dois Estados, incorporando definitivamente à Santa Catarina a região oeste e os municípios de Mafra e Porto União.
Nessa época, o povoado de Rio das Antas passou a pertencer aos domínios do Município de Canoinhas, até a emancipação política de Papanduva, pela Lei Estadual n° 133 de 20 de dezembro de 1953, quando foi desmembrada juntamente com a área do novo município.
Em 1958, a Câmara Municipal de Papanduva editou a Resolução 48/58 de 09 de julho de 1958, que autoriza a criação do Distrito de Rio das Antas. Como já havia uma localidade com o mesmo nome na região do Vale do Rio do Peixe, pertencente ao Município de Videira, acontecia confusões com os serviços de correspondência. Como solução, alguns líderes políticos e comunitários reuniram-se, em 1959, para escolher outro nome para o distrito. Nesta época, pós II Guerra Mundial, o nome escolhido foi Monte Castelo, em homenagem aos brasileiros que obtiveram importante vitória na batalha e conquista de Monte Castelo, na Itália.
Gentílico:
Formação Administrativa
A emancipação distrital de Monte Castelo ocorreu pela Lei Estadual n° 375 de 12 de dezembro de 1958, sendo que em 08 de março de 1959 foi instalado o distrito.
Pela Lei Estadual n° 818, de 23 de abril de 1962, o Distrito de Monte Castelo foi elevado à categoria de município. Instalado em 15 de maio de 1962.
Fonte: IBGE