Floresta
Paraná - PR
A região, hoje correspondente à área territorial do Município de Floresta, é parte integrante da área de colonização da Companhia de Terras do Norte do Paraná, atual Companhia de Terras Norte do Paraná, atual Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. As glebas foram divididas segundo esquema empresarial em lotes compreendidos em espaços de 5 a 20 alqueires. Os primeiros foram vendidos em meados da década de 40.
O primeiro desbravador que aportou na região foi o senhor Francisco Silveira da Silva, popularmente conhecido como "Chico Leiteiro". Destacamos que este, em aqui chegando em julho de 1944, efetuou a primeira abertura, uma "picada" de aproximadamente 1000 metros de sua propriedade até o local, e passou a ser conhecida como km 12, pois a estrada interligando Maringá a Campo Mourão ainda não havia sido iniciada.
Na seqüência de chegada dos heróicos desbravadores destacamos as famílias Blanco (Águas Caxias), Negrete (bairro Negrete), João Cardoso (Água Taquaruçu), Saturnino (Água Caxias), Montilha (Taquaruçu), Daniel Severino Pinto (Taquaruçu), Miguel Mansano (km 12), Mansano, Onofre Mariano dos Santos (primeiro Olaria), Arnaldo Simões (Água Guarani), Ernesto Missiatto (Água Guarani), João Pedro Bernardes Filho, Jorge Paixão, Joaquim Paixão, Euclécio Paixão, Zaponi, José Stempniak e filhos, Marutti, Tonietti, e outros que enfrentaram as agruras da região inóspita, e com fibra e tenacidade transformaram a mata virgem em ricas lavouras cafeeiras.
Somente em 1947 é que surgiram as primeiras Vendas (secos & molhados e mercadorias em geral), de propriedade do pioneiro Miguel Mansano, instalada no km 12, constituindo-se em ponto de pousada dos que ali afluíam, ou como compradores ou desbravadores da mata.
O surto de expansão cafeeira na região foi fator fundamental no período inicial da colonização.
No extremo limiar de 1951, mais precisamente a 27 de dezembro, era lançada a pequenina semente do que seria, um dia a cidade de Floresta. Naquela data, o senhor Fukumatsu Kimura, japonês de origem, então comerciante estabelecido com ramo de benefício de arroz em Maringá (no Maringá Velho), já de posse de uma serraria em fase de montagem na localidade, adquiriu também uma área anexa, de 5 alqueires paulista, que pertencia ao senhor Gregório Ferreira de Camargo.
Nessa área de terras, o senhor Fukumatsu Kimura teve a feliz iniciativa de iniciar juntamente com seus irmãos Sangoro Kimura e Tomikishi Kimura, um modesto empreendimento de iniciativa privada, mas que vinha de encontro à filosofia colonizadora da Companhia de Terras Norte do Paraná. Nascia assim a "Vila Floresta".
Era época do surpreendente surto de progresso originado pelos verdes dos cafezais, disseminando dezenas de cidades e núcleos urbanos que antecedia a colonização ao avanço Estrada de Ferro Paraná - Santa Catarina. Essa febre do desbravamento atraía levas e levas de migrantes paulistas, mineiros e nordestinos, além de estrangeiros que aportavam ansiosos pelo enriquecimento no "Eldorado paranaense".
As indústrias dos irmãos Kimura, denominadas "Serraria Floresta" e "Cerâmica Floresta", foram os fatores preponderantes na formação do Núcleo Urbano, e como não poderia deixar de ser, as molas propulsoras do rápido desenvolvimento da localidade.
O nome Floresta da localidade, à primeira vista derivando da inigualável exuberância de suas matas, tem na verdade sua denominação devido à razões sentimentais da Família Kimura. Esta aportando em Santos em fins de 1920, instalou-se na "Fazenda Floresta", na localidade de Engenho Brodosque, próximo a Batatais, SP. "Floresta" é pois, como que um monumento de perpetuação de reconhecimento dessa tradicional família à hospitalidade desta terra, eleita por adoção, sua pátria definitiva e a legítima pátria de seus filhos.
Gentílico:
Formação Administrativa
Fonte: IBGE
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