São Cristóvão do Sul
Santa Catarina - SC
Tudo começou com a denominação que a localidade recebera "encruzo" devido ao cruzamento ligando Leste a Oeste, Norte a Sul. Relatos dão conta que isso se passou nos idos de 1750. Foi também conhecido como um ponto de descanso de tropeiros e viajantes que viajavam entre São Paulo e Rio Grande do Sul, deixando suas trilhas, que fortaleciam o comércio de animais que iam para o centro do país e litoral do estado.
Os primeiros habitantes, que se tem conhecimento, foram os índios, que viviam de forma nômade, entre a mata nativa, rica em pinheiros, ervas medicinais, caminhos difíceis e terras por desbravar.
Em 1948, chega no "Encruzo", Florisbal Bragança de Moraes, conhecido como "Bá Moraes", adquirindo a propriedade rural Fazenda Belo Horizonte, de Maximino Antonio de Moraes, falecido em 1943.
Líder nato, Florisbal Bragança de Moraes se destacava por configurar no rol de amigos do então governador, tornando-se renomado chefe político.
Preocupado com as necessidades espirituais do povo da época, Bá Moraes impulsionou a edificação de uma gruta, a qual tornou-se ponto de evangelização através dos frades Frei Domiciano Rampinelli e Frei Narciso Pollmeir, trazidos pelo proprietário.
Com o objetivo de expandir o progresso da região, foi responsável pela instalação de um hotel e de um posto de abastecimento de combustíveis, por volta de 1950.
Através dos tímidos gestos de progresso, surge o interesse pela exploração da madeira, de serrarias que contribuíram para o desenvolvimento do lugar.
Ao final dos anos de 1960, o Encruzo vê surgir outra figura importante para o crescimento do lugar. Chega ao local Ulysses Gaboardi, que instala no distrito uma indústria de fósforos, ganha popularidade, e se apresenta como principal força oposicionista à Bá Moraes.
No ano de 1964, a localidade, desta vez denominada como São Cristóvão do Sul, transforma-se em distrito do município vizinho, Curitibanos, e começa a receber os primeiros moradores, Aparício Ouro Preto de Moraes, Maximino Antonio de Moraes, seguidos de Juventino Lefer, atraídos pela pecuária, se tornando proprietários de grandes fazendas.
A rivalidade política entre Gaboardi e Moraes foram solidificando a localidade. Ao pecuarista deve-se obras beneméritas, como a construção da capela que sonhava vir ser paróquia, e também da doação do terreno para construção de um estabelecimento penal agrícola, hoje, uma das maiores casas de detenção penal do Estado, a Penitenciária da Região de Curitibanos.
Mas com as transformações de pensamentos, vindas com a década de 1970, e a idade avançada, houve um declínio do prestígio atribuído à Bá Moraes, aumentando a admiração do povo da região pelo Senhor Ulysses, grande responsável pelo desenvolvimento do lugar.
Gentílico: são cristovense
Formação Administrativa
Em 30 de março de 1992, pela Lei nº 8.555, São Cristóvão do Sul foi emanciapado, tornando-se independente.
Fonte: IBGE
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