12/11/2015 10h42, atualizado em 12/11/2015 11h5912/11/2015 10h42Rio De Janeiro - RJ
Prefeitura entrega Centro Internacional de Transmissão dos Jogos Rio 2016
Assessoria de Comunicação Prefeitura de Rio De Janeiro (RJ)
Foto: Ricardo Cassiano
O prefeito Eduardo Paes entregou ao Comitê Rio 2016, neste domingo (08/11), o prédio do Centro Internacional de Transmissão (International Broadcast Centre em inglês - IBC), no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. É no IBC, um prédio de dimensões gigantescas, que serão geradas e transmitidas as imagens das competições dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 para cinco bilhões de telespectadores. Nele ficarão as emissoras de TV e rádio de todo o mundo detentoras dos direitos de transmissão do evento.
Acompanhado do governador Luiz Fernando Pezão; do secretário de Coordenação de Governo, Pedro Paulo; do presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman; do presidente da Empresa Olímpica Municipal, Joaquim Monteiro; e do diretor executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI), Gilbert Felli, Paes falou sobre a entrega do IBC, equipamento erguido, pela primeira vez na história dos Jogos, com recursos da iniciativa privada, através da Parceria Público-Privada firmada com a Concessionária Rio Mais. Após os Jogos, os prédios serão transformados em um estabelecimento comercial.
- Esse é o primeiro equipamento Olímpico entregue que serve só para os Jogos , além disso é o equipamento mais caro e mais difícil de se fazer na Olimpíada. O IBC de Londres custou a cifra de 400 milhões de libras. Ao câmbio de hoje, isso significa algo em torno de R$ 3 bilhões gastos com dinheiro público, de imposto pago pelo povo inglês. O nosso Parque Olímpico todo não custa isso. O nosso IBC custou perto de R$ 400 milhões e não tem um tostão pago pela população. É tudo dinheiro privado – disse o prefeito.
O centro funcionará 24 horas por dia durante os Jogos e tem capacidade diária para receber dez mil pessoas. Ele é composto de dois prédios (edifício principal e o IBC Offices - edifício de escritórios independente que abriga a Olympic Broadcasting Services – OBS) que, juntos, ocupam uma área equivalente a sete campos de futebol, com cerca de 41,5 mil m² e têm uma área total construída, considerando seus pavimentos, de 79 mil m². No edifício principal estão 12 estúdios de aproximadamente 5 mil m² de área cada um, com 12 metros de altura no térreo e oito metros no segundo pavimento, que oferecem espaço flexível aos detentores dos direitos de transmissão.
A obra foi mais sofisticada do que a de prédios tradicionais, pois exigiu - além de uma estrutura reforçada para receber todos os equipamentos das emissoras de TV, rádio e internet - uma série de soluções de engenharia para cumprir os requisitos de proteção contra altas temperaturas e isolamento acústico definidos pelos detentores dos direitos de transmissão dos Jogos.
- Esta talvez seja uma das obras mais complexas da história dos Jogos. Daqui sairão quase seis mil horas de imagens para o mundo, que atingirão cinco bilhões de telespectadores, algo inimaginável para este país, para qualquer pessoa. Já estamos com 70 emissoras de TV do mundo inteiro prontas para se instalarem no IBC e não vamos parar de trabalhar até as Olimpíadas. Estamos contentes de cumprir uma etapa dificílima perante o Comitê Olímpico Internacional – afirmou Nuzman, que recebeu a chave simbólica do IBC das mãos do prefeito.
A partir de agora, caberá ao Comitê Rio 2016 a instalação das estruturas especiais, como a forração de todos os estúdios (paredes e teto), sua montagem, com o uso de divisórias, a iluminação definitiva, a instalação do sistema de ar-condicionado e a programação visual, além de todo o cabeamento de telecomunicações, parte elétrica e sistema de detecção de incêndios. Já a OBS será a empresa responsável pela montagem dos estúdios das televisões, já a partir desta segunda-feira (09/11). A previsão é de que tudo esteja pronto em 5 de julho de 2016.
Para construir o Centro Internacional de Transmissão, cuja obra foi iniciada em outubro de 2013, foram feitas fundações indiretas com 1.215 estacas metálicas, 40 metros abaixo do solo, o equivalente a um prédio de 13 pavimentos. Alinhadas em sequência, as estacas de sustentação do prédio totalizam 54 quilômetros de extensão, distância quase equivalente à da Avenida Brasil, que tem 58 quilômetros e corta 27 bairros.
Além disso, foram usados mais de 21 mil m³ de concreto em toda a obra, equivalente a mais de 2.500 caminhões betoneiras. Na área interna, para concretagem das lajes e pisos, foram utilizados aproximadamente 11 mil m³ de concreto usinado especial, feito com adição de fibras de polipropileno, que garantem mais resistência à estrutura.
O fechamento das paredes que delimitam os estúdios e a estrutura externa do IBC foi feito com 33 mil m² de estrutura de aço galvanizado – Steel Frame – revestido com placas de madeira OSB (Oriented Strand Board), lã de rocha, placa cimentícia e gesso acartonado. O material utilizado atende, assim, aos requisitos de isolamento acústico definidos pelos detentores dos direitos de transmissão dos Jogos.
A cobertura, com área de 32 mil m², foi feita com telhas metálicas, cada uma com espessura de 50 mm, montadas no formato "sanduíche", sobre as quais foi colocada uma telha, uma camada de feltro em lã de rocha e outra telha. Essa técnica garante o isolamento termoacústico do local, protegendo-o de altas temperaturas e garantindo o isolamento acústico.
De acordo com o censo realizado em 2010 pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o município de Rio De Janeiro, Rio de Janeiro, possuia 6.320.446 habitantes. A densidade demográfica (habitantes por km²) era de 5.27 e a área total do município era de 1200.279 km². Quem nasce em Rio De Janeiro é chamado de carioca.
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